De olho no Mundial, Suelen Altheman mostra confiança em busca de ouro inédito
Vice-campeã em 2013 e 2014, judoca da Unimes/EC Pinheiros viaja para aclimatação no dia 24 de agosto
A judoca olímpica Maria Suelen Altheman (Unimes/EC Pinheiros) não disfarça o contagiante sorriso. Atualmente treinando em São Paulo, a atleta peso pesado (+78kg) demonstra empolgação ao voltar para Santos, sua “segunda casa” há sete anos.
“É sempre um momento de felicidade quando volto para cá. Tenho muitos amigos por aqui, além de ser um ótimo lugar para se viver”, conta ela, que esteve nesta quarta-feira (16) na Cidade para visitar colegas da Faculdade de Educação Física de Santos (FEFIS), onde cursou o Bacharelado na área.
“Agora só faltam duas matérias para concluir a Licenciatura. Com o segundo diploma, posso dar aulas em escolas. No futuro, vai ser muito bom, porque tenho a intenção de desenvolver um projeto de judô para crianças carentes”, adianta Suelen. Antes de completar o último período de aulas, a judoca viaja na próxima semana para uma aclimatação com a Seleção Brasileira, em Paris, visando a disputa do Mundial de Judô, que acontece nos dias 28 de agosto a 3 de setembro em Budapeste, na Hungria.
Vice-campeã mundial em 2013 e 2014, a judoca vai buscar o tão sonhado ouro na principal competição desta temporada. Neste ano, a atleta foi prata no Grand Prix de Tbilisi, na Geórgia. Somando 1926 pontos e figurando entre as seis melhores judocas de sua categoria, sendo a melhor brasileira no ranking mundial, Suelen aproveitou o começo da temporada para apostar nos períodos de aclimatação em outros países, como o Japão e a Espanha.
“A meta sempre é o ouro, mas só de conseguir subir no pódio, já é uma grande vitória. É a competição mais difícil depois da Olimpíada”, afirma Suelen, que espera uma competição equilibrada em Budapeste. Neste ano, alguma de suas principais rivais não estarão presentes, entre elas, a cubana Idalys Ortiz, algoz da brasileira nas finais dos Mundiais de 2013 e 2014. “Acredito que não tenha uma adversária principal. Todas estão ali para ganhar, mas tenho de estar muito preparada para encarar qualquer adversária. Ainda mais porque vai ter gente nova nessa edição. Depois de um ciclo olímpico, as seleções renovam seu quadro de atletas, convocam alguns judocas mais novos”, explica.
No ano passado, a atleta foi considerada a melhor judoca do período pré-olímpico, conquistando seis medalhas antes da Rio 2017. Um ano após a Olimpíada, Suelen faz questão de “olhar para a frente”, visando seu terceiro ciclo olímpico da carreira. “Cada competição é um aprendizado. Sinto que estou mais experiente. Não adianta ficar amargurando o que já passou. Agora é bola pra frente, tenho muitas coisas para conquistar ainda, estar ali em uma Olimpíada, ainda mais no Japão, que é o berço do judô, é maravilhoso. O foco é ainda maior”, completa.