Egressa de Medicina retorna ao Brasil e ministra palestra sobre sua atuação nos EUA 05/06/2017
Cassiana Bittencourt conversou com estudantes sobre processo de validação do diploma no exterior
Ex-aluna do curso de Medicina da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), Cassiana Euzebio Bittencourt esteve presente, na manhã desta segunda-feira (5), para conversar com estudantes do curso sobre atuação médica nos Estados Unidos.
Ela ministrou a palestra Exercer a Medicina nos Estados Unidos, Por Onde Começar? no Auditório da FEFIS, Campus Rosinha Viegas, explicando as principais etapas do processo, desde a validação do diploma até a obtenção da licença profissional.
Atualmente, ela é diretora do laboratório de Microbiologia do UCI Medical Center, na Califórnia, além de professora-assistente da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia (UCI), no Campus de Irvine.
Nascida em Santos, litoral de São Paulo, e formada na primeira turma da graduação (2003-2008), Cassiana se mudou para o país norte-americano em função do trabalho de seu marido, também brasileiro. Em 2009, iniciou o processo para validar sua atuação em outro país.
“Não foi um procedimento fácil, porque eles (os norte-americanos) são bem criteriosos. Eles buscam um candidato acima da média, e a concorrência é alta, porque você concorre com estrangeiros de várias partes do mundo e até com americanos que estudaram no exterior”, conta a egressa.
Cassiana validou o diploma da Unimes pela Educational Comission for Foreign Medical Graduates (ECFMG), órgão responsável pelo processo de estudantes de Medicina que estudaram fora dos Estados Unidos. De acordo com dados da entidade, apenas 60% dos candidatos que submetem seus documentos consegue a validação.
Para obter a licença de exercício da profissão, Cassiana também teve de passar por exames realizados pela United States Medical Licensing Examination (USMLE). A primeira etapa avalia questões teóricas sobre as disciplinas, desde anatomia até patologia.
Na segunda etapa, os testes são divididos em duas partes: conhecimentos de clínica médica e habilidades práticas em clínica, onde também são avaliados o nível de conversação em inglês.
Além dos exames, eles também avaliam se a graduação apresenta um conteúdo programático de acordo com as instituições norte-americanas, variando de estado para estado em que se deseja trabalhar. “O que é mais gratificante é ver que a faculdade que eu me dediquei durante seis anos foi reconhecida, e hoje está no Diretório de Faculdades Médicas aceitas nos EUA”, ressaltou.
Por fim, a ex-aluna aconselhou aos alunos a superar sempre a meta de estudos e fazer bons estágios e residência. “Se você tem força de vontade e muita disciplina, você consegue chegar e trabalhar na área médica lá fora. Nos EUA, eles valorizam os talentos e incentivam, também, a pesquisa científica”, aponta Cassiana, que também atua num programa de estudos em Infectologia e Patologia em HIV no Hospital da Universidade da Califórnia (UCI).
Alunos motivados para atuar nos EUA
Durante a palestra, estudantes de Medicina se mostraram animados para ingressar no mercado de trabalho norte-americano. Uma delas é a aluna Carolina Martins, do 6º ano do curso. Ela contou que tem familiares morando em San Diego, na Califórnia, um dos estados que reconhecem o diploma da Unimes.
Durante a palestra, estudantes de Medicina se mostraram animados para ingressar no mercado de trabalho norte-americano. Uma delas é a aluna Carolina Martins, do 6º ano do curso. Ela contou que tem familiares morando em San Diego, na Califórnia, um dos estados que reconhecem o diploma da Unimes.
“A palestra foi muito produtiva, me ajudou a entender as etapas. Não é fácil, mas o exemplo de uma ex-aluna nos motiva a tentar”, afirmou.